O apóstolo Paulo além de pregador do evangelho, pode ser considerado um plantador de igrejas preocupado em cuidar e discipular aqueles a quem ele mesmo descreve como filhos gerados com dores de parto. Talvez por esse motivo suas cartas tenham um teor pastoral.
Vemos isso nos dois primeiros capítulos de Romanos, onde ele demonstra imensa preocupação em esclarecer aos leitores a postura de Deus em relação àqueles que voluntariamente o rejeitam, desprezam e desobedecem. Paulo é enfático em afirmar que aquele que despreza a Deus o faz apesar do mesmo se revelar através de tudo o que foi criado.
O que é necessário ao homem para reconhecer Deus e sua Soberania foi revelado pelas coisas criadas. Por isso, qualquer ser humano que o rejeita não terá como se justificar ou dar desculpas quando sua incredulidade for julgada. Quem sabe a intenção de Paulo ao escrever sobre isso, também estivesse em alertar a todos que, em algum nível se pode reconhecer Deus, como criador, antes mesmo de ouvirem a revelação do seu amor na pessoa de Jesus e que assim eles soubessem que a criação traz esse *spoiler da graça de Deus.
Outro ponto interessante declarado por Paulo é a liberdade do amor de Deus. Esse termo implica em dizer que Deus não nos persegue como um marido obsessivo e ditatorial ou mesmo nos obriga a amá-lo, obedecê-lo ou qualquer coisa do tipo. Deus se revela gracioso nas gotas de orvalho da manhã, no canto dos pássaros e até mesmo na beleza das estampas de onças ou zebras e, através desses detalhes o ser humano pode reconhecer e assumir a Grandeza de Deus.
O Amor nos alerta sobre os perigos e constrói cercas de proteção ao nosso redor. Quem fecha os olhos para esse cuidado, está entregue as suas próprias paixões reprováveis. Desprezam a graça e acolhem a morte.
Deus abençoe a sua vida.
Pastora Nádia Baltazar | Igreja Evangelho de Cristo